O Ministério Público do Piauí, representado pelo promotor de Justiça João Malato Neto, teve a sua tese acolhida na íntegra pelo Conselho de Sentença e conseguiu a condenação do réu Igor Rodrigues de Sousa, integrante de uma facção criminosa, a uma pena de pena de 22 anos e 02 meses de reclusão, em regime fechado, além de uma indenização aos familiares da vítima de R$ 150.000,00. O réu foi imediatamente conduzido à penitenciária para iniciar o cumprimento da pena, em julgamento realizado na Comarca de Teresina, nessa terça-feira, 07 de maio.
O condenado foi levado a julgamento pela prática dos crimes de homicídio qualificado pelo motivo torpe, pelo recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio (artigo 121, §2º, I, IV e VI, todos do Código Penal) e ocultação de cadáver (artigo 211, do Código Penal). Em março de 2021, nas proximidades da margem do Rio Poty, próxima a Casa de Bombas do Dique do bairro Vila Mocambinho, zona norte, em Teresina, o acusado participou ativamente do assassinato de Gizele Vitória Silva Sampaio, adolescente com 17 anos de idade. A vítima foi levada ao local do crime pelo acusado. No local, Gizele foi obrigada a cavar a própria cova e depois foi executada com dois disparos de pistola na nuca. O acusado enterrou e ocultou o corpo da vítima em um cemitério clandestino, situado nas margens do Rio Poty.
“Estes crimes à época dos fatos causaram grande repercussão na sociedade de Teresina, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio, cometido em um contexto de rixa de facções criminosas”, frisa o promotor João Malato Neto.