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Balança Comercial do Piauí atinge R$ 52 milhões de superávit em março

O Piauí exportou, em março de 2024, o valor de US$ 36,7, equivalente a R$ 185.5 milhões. As importações atingiram o valor de US$ 26,4 no mês passado, que corresponde a R$ 133.4 milhões. O superávit (diferença entre as exportações e importações) alcançou  mais de US$ 10  milhões, equivalente a R$ 52,1 milhões, que corresponde a 28,1% dos produtos negociados. Os dados foram divulgados, na sexta-feira  (5), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo dados do MDIC, as importações piauienses, no comparativo com o mês passado, cresceram 32,2%, com US$ 26,4 milhões agora, ante os US$ 19,9 milhões em fevereiro de 2023. Os produtos mais vendidos foram soja com US$ 16,1 milhões, milho com US$ 5,8 milhões, farelo de soja com US$ 4,7 milhões, minério de ferro com US$ 3,6 milhões, outras gorduras e óleos animais e vegetais com US$ 2,1 milhões, algodão bruto com US$ 1,8 milhão e demais produtos agropecuários com US$ 1,2 milhão. Os municípios que mais exportaram foram Uruçuí, Bom Jesus, Campo Maior, Baixa Grande do Ribeiro e Parnaíba. Os países que mais importaram foram China (50%), EUA (9,8%), Irã (8,7%), Espanha (5,7%), Itália (4,4%), Polônia (3%) e Portugal (2,8%). O superintendente do Desenvolvimento Econômico, Deusval Lacerda, enfatiza o comprometimento do Governo do Estado em impulsionar todas as cadeias produtivas locais. “Através do aprimoramento da infraestrutura, focando na produtividade e inovação, juntamente com a atração de investimentos, estamos ampliando as oportunidades de negócios em nosso estado”, destacou o gestor.

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Agronegócio e energias renováveis fazem disparar PIB de municípios do Piauí

Nos últimos 20 anos, a principal atividade de econômica de vários municípios do Piauí migrou para o agronegócio ou indústria, trazendo desenvolvimento mais rápido a regiões que antes tinham baixos índices de desenvolvimento. Graças ao crescimento da produção de soja e de milho, e da chegada de parques de energias renováveis, a realidade dessas cidades agora é outra. Estudo da Secretaria do Planejamento (Seplan), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que, além da mudança de atividade, o PIB desses municípios cresceu muito acima da média dos demais, principalmente nos últimos cinco anos. Como consequência, essas cidades foram campeãs na geração de empregos. O município de Queimada Nova, por exemplo, localizado no sertão do Piauí, a 518 km de Teresina, teve um desempenho impressionante: entre 2020 e 2021, o PIB mais que dobrou, passando de R$ 119 milhões para R$ 253 milhões – alta de 111%. Isso graças à instalação do Parque Lagoa dos Ventos, maior complexo eólico da América do Sul. Além de Queimada Nova, o crescimento do PIB dos municípios de Dom Inocêncio (71,1%), Simões (52,5%), Lagoa do Barro (52,1%) e Ilha Grande (49,6%) está relacionado, principalmente, ao avanço dos empreendimentos de energias renováveis (eólica e solar). O levantamento do IBGE mostra que, dos 10 municípios piauienses que mais registraram crescimento no PIB, entre 2020 e 2021, o carro-chefe de suas economias é energia renovável ou o agronegócio. Na geração de empregos, os municípios ligados ao agronegócio estão entre os que mais criam oportunidades de trabalho. De janeiro a novembro de 2023, Ribeiro Gonçalves, cuja economia e voltada para a produção de soja e milho, foi o quarto que mais gerou empregos, com um saldo positivo de 1.252 vagas. Ele ficou à frente de cidades bem maiores, como Floriano, Picos, União e Altos. Assim como Ribeiro Gonçalves, os municípios localizados no cerrado piauiense, bioma onde está concentrada a produção agrícola de soja e milho, foram os maiores gerados de empregos entre 2020 e 2021. Eles englobam principalmente dois territórios de desenvolvimento: Tabuleiro do Alto Parnaíba e Chapa das Mangabeiras. Dos 12 territórios do Piauí, de janeiro a novembro de 2023, o Tabuleiro do Alto Parnaíba gerou um saldo positivo de 3.182 vagas, e o Chapadas das Mangabeiras, 826 ocupações. Ficaram atrás apenas dos territórios Entre Rios, Cocais e Planície Litorânea. Porém, esses três últimos abarcam os municípios mais populosos do estado, como Teresina, Parnaíba e Piripiri. Já Tabuleiro e Chapada englobam municípios menos populosos. Proporcionalmente, portanto, os dois últimos territórios empregaram mais.

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