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Denúncia de golpe: Ciro, Tarcísio e mais 11 são escolhidos como testemunhas por Bolsonaro

Na manifestação de defesa apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (6), 13 nomes foram solicitados como testemunhas no caso que apura seu suposto envolvimento para instaurar um golpe de Estado no país. Entre as testemunhas incluídas no rol, os advogados do ex-mandatário adicionaram o aliado de Bolsonaro e governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcísio, que foi ministro da Infraestrutura no antigo governo, disse à CNN nesta sexta-feira (7) que aceita, “sem dúvida”, o convite. Além do governador paulista, há outros cinco ex-ministros na lista: Gilson Machado, do Turismo, o ex-ministro da Saúde e hoje deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) e os senadores Rogério Marinho (PL-RN), que chefiava a pasta de Desenvolvimento Regional, e Ciro Nogueira (PP-PI), antigo ministro-chefe da Casa Civil. O nome do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente de Bolsonaro, também consta no documento. Compõem os outros sete nomes o do advogado Amaury Feres Saad, acusado pela Polícia Federal (PF) de ser um dos autores da “minuta do golpe”; o do coronel Wagner Oliveira da Silva, representante da Aeronáutica que na Comissão de Transparência Eleitoral, que verificou a veracidade do resultado das eleições de 2022; Renato de Lima França, ex-subchefe para Assuntos Jurídicos do governo Bolsonaro; o general Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior, que teriam negado aderir ao suposto golpe; general Júlio César de Arruda, ex-comandante do Exército citado no relatório final da PF, e Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro. Veja a lista completa: Amaury Feres Saad Coronel Wagner Oliveira da Silva Renato de Lima França General Eduardo Pazuello Senador Rogério Marinho General Hamilton Mourão Senador Ciro Nogueira Governador Tarcísio Gomes de Freitas Gilson Machado General Marco Antônio Freire Gomes Brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior General Júlio César de Arruda Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e deve ser analisado pela primeira turma da corte, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A defesa de Bolsonaro, contudo, pede que a ação seja analisada pelo plenário do Supremo, e chegou a pedir o afastamento de Moraes, Dino e Zanin. Processo A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu uma denúncia em fevereiro deste ano contra 34 pessoas no âmbito da tentativa de golpe de Estado. Dentre elas, estão Bolsonaro, militares de alta patente e ex-ministros. O ex-presidente foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por cinco crimes: organização criminosa armada tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito golpe de Estado dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado Fonte: CNN

Política

BOLSONARO: TSE julga novas ações sobre abuso de poder na campanha eleitoral

O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve julgar, a partir da próxima semana, três ações sobre supostas irregularidades cometidas pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante a campanha das Eleições 2022, na qual tentou a reeleição. As ações, movidas pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e pela também candidata à Presidência no pleito do ano passado Soraya Thronicke, apontam abuso de poder político e uso de bens públicos por Bolsonaro nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro. Foram reservadas três sessões (dias 24, 26 e 31 de outubro) para julgar os seguintes processos: as Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) 0600972-43 e 0600986-27 e a Representação 0600984-57, todas de relatoria do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves. A sessões serão transmitidas ao vivo pela TV e Rádio Justiça e pelo canal do TSE no YouTube. O que pedem as ações? Aije 0600972-43 – A ação, de autoria do Partido Democrático Trabalhista (PDT), acusa Jair Bolsonaro, candidato à reeleição ao cargo de presidente da República em 2022, e Walter Braga Netto, vice na chapa, de cometerem abuso de poder político e econômico no desfile cívico comemorativo do Bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro do ano passado, em Brasília. Conforme o PDT, Bolsonaro realizou atos de campanha, por meio do uso do cargo, para desvirtuar o evento e promover sua candidatura. A legenda sustenta que, além de utilizar a estrutura pública do evento (palanque, veiculação pela TV Brasil) – que, segundo o partido, foi custeado com dinheiro público –, Bolsonaro conclamou apoiadores a votarem nele. A agremiação ainda afirma que o ato teve o claro viés de desequilibrar o pleito, uma vez que teria utilizado a máquina pública em benefício próprio. Com base no artigo 22 da Lei Complementar (LC) nº 64/1990, a ação pede que seja declarada a inelegibilidade dos investigados. Aije 0600986-27 – Apresentada por Soraya Thronicke, candidata à Presidência da República nas Eleições 2022, essa ação também aponta irregularidades cometidas por Bolsonaro e Braga Netto durante comemorações de 7 de setembro do ano passado. Ela apontou uso de bem público por Bolsonaro na campanha à reeleição e sustentou que “todo o aparato destinado à comemoração do Bicentenário da Independência acabou, de forma desviada, inserido em seu ato de campanha”. Conforme a Aije, Bolsonaro utilizou não apenas de seu poder político como também dos recursos públicos à sua disposição para impulsionar seus atos de campanha, “em desvio de finalidade capaz de configurar abuso de poder político e econômico”. Com base nesses argumentos e no que prevê a LC nº 64/1990, a autora requer que os acusados provem a origem dos recursos que financiaram a realização do evento. Ao TSE, pede a decretação da inelegibilidade de ambos. Representação Especial 0600984-57 – Essa representação, também movida por Soraya Thronicke, aponta que Jair Bolsonaro e Walter Braga Netto praticaram conduta vedada no ato cívico comemorativo do Bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro de 2022. A então candidata à Presidência da República afirma que foi realizado “grandioso evento, na data comemorativa mais importante do país, transformado em comício com recursos públicos”. Além de comprovar a origem dos recursos que financiaram a realização do evento, a representação pede, com base no artigo 73, parágrafos 4º e 5º, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), a condenação de Bolsonaro e Braga Netto ao pagamento de multa no valor de cinco a cem mil UFIRs. Rito da Aije O procedimento da Aije está previsto no artigo 22, incisos I a XVI, e no artigo 23 da Lei de Inelegibilidade (LC nº 64/1990). O Código de Processo Civil é aplicado subsidiariamente para suprir eventuais lacunas. Estão previstas etapas processuais a serem cumpridas para a realização do julgamento, conforme a seguir: O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, iniciará o julgamento com a leitura do relatório das Aijes. Em seguida, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, concederá a palavra às advogadas e/ou aos advogados de acusação e de defesa, nessa ordem, pelo prazo de 15 minutos cada, conforme previsto na Resolução TSE nº 23.478/2016. Depois, será dada, pelo presidente, a palavra à representante ou ao representante do Ministério Público Eleitoral, para que emita o parecer do órgão sobre a ação. Finalizadas essas etapas, o ministro Benedito Gonçalves apresentará seu voto. Na sequência, votarão: ministro Raul Araújo, ministro Floriano de Azevedo Marques, ministro Ramos Tavares, ministra Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), ministro Nunes Marques e, por último, ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal. Com informações do TSE

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