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Partidos protocolam ação no MPF e pedem investigação sobre abuso de poder após vazamento de áudios

A advogada Ívilla Araújo, representando os partidos União Brasil, Progressistas e Republicanos, esteve, na manhã desta quarta-feira (12) na sede do Ministério Público Federal (MPF-PI) protocolando uma ação, que trata-se de uma “notícia de fato” acerca de abuso de poder político e econômico com finalidade eleitoral. A ação se dá após vazamentos de áudios, que foram levados para registro de ata notarial, o que dá legitimidade sobre provas, onde pré-candidatos destes partidos estavam sendo procurados por lideranças e representantes de partidos adversários para “trocarem de lado”, com oferecimento de vantagens financeiras. “Conforme demonstrado nas provas colhidas nas conversas por aplicativos de mensagens dos denunciantes, mormente nas próprias páginas de sites de notícias, bem como no Instagram e no Facebook, em anexo, o ora pré-candidato a Prefeito de Teresina Fabio Nunez Novo abusou do poder político de forma exacerbada, conforme evidencia as provas preliminares já anexadas, a ser corroboradas pelas provas a serem produzidas em eventual AIJE. O segundo investigado é Gustavo Henrique Leite Feijó, servidor público estadual, que utiliza – se da política para benefício próprio pulando de partido em partido ao longo dos anos. Os investigados passaram a colocar em prática o modus operandi escolhido para influenciar o voto e vencer às eleições 2024 – consistente na condenável compra ilícita de apoio político envolvendo candidatos/lideranças de partidos do candidato opositor Silvio Mendes”, diz trecho da ação protocolada no MPF, que envolve ainda Alexandre Nolleto, coordenador da campanha de Fábio e irmão do secretário estadual de Governo Marcelo Nolleto. A advogada Ívilla Araújo entregou juntamente com a documentação um pen drive onde consta, segundo ela, áudios onde demonstram a tentativa de compra de apoio de lideranças que apoiam a pré-candidatura de Silvio Mendes (União Brasil). Em um dos áudios, atribuído a Gustavo Henrique Leite Feijó, ele fala em um pagamento chamado de “AV” e outro denominado de “pancadinha”. Um dos pré-candidatos a vereador, Chico Pança, do União Brasil, expôs através de suas redes sociais áudios que comprovariam a tentativa de compra de apoio. “Alexandre Noleto e Gustavo Henrique tentaram comprar meu apoio. Mas eu já tenho dito: não me vendo, não me rendo, nem me dobro, como diria Firmino e agora diz Silvio Mendes, que mesmo diante de todo esse derrame de dinheiro vai ser eleito prefeito de Teresina”, afirmou Chico Pança. Agora cabe ao MPF-PI avaliar a documentação entregue pela advogada Ívilla Araújo. “Aqui é apenas o pontapé. Um início das investigações. Existem muito mais provas, muito mais materiais que agora compete ao Ministério Público, que a partir disso, deve aceitar, levar o caso à Justiça e à Polícia, para os devidos encaminhamentos e investigação”, disse a advogada Ívilla Araújo.

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PF combate desvio de recursos públicos no setor da Saúde em município da região do Vale do Sambito

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (14/3), a Operação Epílogo com o objetivo de combater desvio de recursos públicos federais destinados à Saúde no município de Valença do Piauí. Mais de dez policiais federais, com apoio de auditores da Controladoria Geral da União (CGU), cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, dentre eles, residências e empresas, além do sequestro de bens e valores. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí. As investigações foram iniciadas após denúncia recebida pela PF e pela CGU. As análises, à época, evidenciaram a ocorrência de superfaturamento na execução de serviços de manutenção preventiva e corretiva em prédios públicos contratados por município piauiense mediante ata de registro de preços, que posteriormente foi objeto de adesão por outro município vizinho. Os dados financeiros analisados evidenciaram a ocorrência de movimentações envolvendo a empresa contratada e ex-agentes públicos e políticos ligados aos municípios contratantes, com características de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os fatos investigados têm impacto direto para a população dos municípios envolvidos nos desvios, já que resultam em obras não executadas ou executadas de forma precária em prédios públicos, impossibilitando que unidades de saúde apresentem condições físicas necessárias para um adequado atendimento aos alunos, pacientes e profissionais que nelas atuam. O objetivo da ação de hoje é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, bem como recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados da Saúde. Os investigados podem responder por crimes licitatórios, crimes contra a Administração Pública, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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